Desde já quero dizer que sou contra a chamada de mais um naturalizado para a selecção. Se em relação aos outros dois andrades ainda poderia ver algumas condicionantes para serem chamados [a idade dos jogadores e termos um seleccionador lá da terra deles] agora não consigo ver vantagens nesta chamada.O Queiroz veio com o intuito de renovar uma selecção, descobrir novos valores e tentar criar uma nova geração de ouro. Por isso assinou por 4 anos e também por isso o Madaíl [para o Sérgio Conceição é Dr. Merdaíl] diz que o seleccionador não está dependente dos resultados e da qualificação para o Mundial de 2010.
Se estes foram os fundamentos para trazer o Queiroz porque raio vai ele modificar as regras? Se ele é o maioral da formação portuguesa, porque raio vai chamar um jogador estrangeiro com quase 32 anos? Para que serve a chamada de um jogador com esta idade e para fazer, quando muito, meia dúzia de jogos? Se ele preza tanto a formação, não estará com esta medida a queimar um puto qualquer que estará prestes a explodir nos sub’19 ou sub’21?
É por estas e por outras que esta chamada, com este seleccionador, é o dos maiores contra-sensos que já assisti na vida... e vamos ver até que ponto todos os intervenientes se vão ou não queimar com tudo isto: Queiroz, Madaíl, Liedson e principalmente… Portugal!
ps_ deixo aqui um texto da autoria do Luís Freitas Lobo e publicado hoje no jornal a Bola:
O que é uma selecção?
«Isto não é acerca do Queiroz ou do Liedson. É acerca de Portugal ir ao Mundial!», explicava o seleccionador. Tem razão no primeiro ponto. O problema está no segundo. Porque em causa está algo mais profundo. Não é a questão conjuntural, é uma questão estrutural. É muito mais do que o próximo resultado. É como queremos construir o futuro (e presente) do nosso futebol: com naturalizados ou jogador naturais? Porque, para mim, a selecção não é uma questão legal (igualdade de direitos) nem de precedentes (já existiam outros casos…) nem de vivermos num novo mundo (outras selecções já o fizeram…). É uma comunidade de emoções, o espelho de uma identidade histórica, social e desportiva. Viver antes de jogar. Por isso, defendo o critério da formação como a solução equilibrada (legal e emocionalmente) para definir os naturalizados seleccionáveis. Liedson está na selecção. Ponto final. Restam-me, porém, mais oito oportunidades para defender a minha ideia de Selecção. São os lugares que continuam em aberto no onze nacional para mais naturalizados.

1 comentário:
Depois de lançar A Mesa Redonda nas mais altas rodas da blogosfera nacional, regresso à minha casa, ao Águia de Ouro, que criei no dia 25 de Abril de 2007, desta vez não estou sozinho e vou trazer alguns amigos benfiquistas comigo.
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